segunda-feira, 15 de junho de 2009

NOVO BRIEFING - by Danilo

Gentes do meu Brasil! Graças à uma grande ajuda do Danilo, o blog volta à ativa com um novo Briefing para vocês montarem seu portfólio. Espero que gostem.

Comentem sobre o briefing, façam peças, mande para eu postar: participem!

Job: Campanha contra o lixo nas rodovias.

Cliente: Governo Federal

Data: 14.06.09

Qual o cenário?

Apesar do Código de Trânsito Brasileiro proibir qualquer ocupante de um veículo de jogar lixo – ou qualquer objeto pela janela – as rodovias brasileiras sofrem com este péssimo hábito da população. Grande parte dos motoristas e passageiros não se preocupam em guardar o lixo para depositar no local correto em uma parada. Simplesmente arremessam pela janela e não se preocupam com as conseqüências. O artigo 172 do Código prevê que esta é uma infração média e o motorista perde 4 pontos na carteira além de ser penalizado com multa de R$ 85,12. Porém, a dificuldade em flagrar o ato faz com que pouquíssimos motoristas sejam punidos por esta infração.

A malha viária federal brasileira possui 196.093,6 km. Estima-se que mensalmente sejam jogadas nas rodovias entre 900 e 1200 toneladas de lixo. O acúmulo de lixo aumenta o risco de acidentes, obstrui a drenagem das rodovias e coloca animais em risco, pois estes são atraídos pelo odor de restos de comida. Segundo o jornal O Estado de São Paulo, somente no Sistema Anchieta-Imigrantes, nos últimos 3 anos, o número de animais mortos nas estradas subiu 58,3%, em grande parte, motivado pela sujeira nas estradas.

De acordo com a concessionária Ecovias – uma das principais concessionárias de rodovias do país - o perfil de quem suja as rodovias mudou nos últimos anos. Antes, 60% da sujeira era depositada por moradores de comunidades próximas. Hoje, a maior parte do lixo é jogada por ocupantes de veículos. Durante as férias, a situação se agrava, pois o aumento do fluxo de veículos gera também o aumento do volume de lixo nas rodovias, fazendo o número crescer em cerca de 20%.

Ciente desta situação, o Governo Federal, por meio do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes –DNIT (órgão do Ministério dos Transportes) e do Ministério do Meio Ambiente em parceria com a Polícia Rodoviária Federal lançarão uma campanha de conscientização sobre a importância de não se sujar as rodovias brasileiras.

Objetivo de comunicação

A comunicação precisa mudar um hábito da população: os viajantes – motoristas e passageiros – devem ser conscientizados a não jogar lixo pela janela do veículo. Atualmente, o aumento do volume de lixo recolhido nas rodovias durante as férias é de 20%. A meta é fazer com que este aumento não seja maior do que 5%.

Com quem vamos falar?

O público desta campanha é bastante diverso, pois existem os profissionais que trafegam diariamente nas estradas (motoristas de caminhões, ônibus etc.), mas tem-se também as famílias que viajam no período de férias. Para facilitar o entendimento do público, será considerada uma família padrão na estrada: o pai, a mãe e seus filhos. Os públicos serão divididos em 3 subgrupos que deverão ser atingidos pela campanha:

1. Motoristas profissionais:

HH, +25 anos, classe CD. Neste grupo encontra-se um nível de escolaridade baixo, tendo no seu máximo o ensino médio completo. São motoristas de ônibus intermunicipais, motoristas de transportadoras de carga etc. São acostumados a passar a maior parte do dia nas rodovias.

2. Família - pais

Ambos os sexos, +30 anos, classe C. Em geral, a família que viaja pelas rodovias brasileiras pertence à classe C. Esta viagem de férias geralmente é planejada com certa antecedência e aguardada com muita expectativa pela família. Uma observação referente a este subgrupo é que são eles quem devem dar o exemplo para seus filhos (futuros condutores).

3. Família - crianças

Ambos os sexos, +5 anos, classe CD. Apesar de seguir o exemplo dos pais, as crianças podem se transformar em agentes fiscalizadores dos pais na viagem. Ao ser impactado pela comunicação, a criança persuadida da importância de não se jogar lixo nas rodovias não permitirá que seus pais o façam durante a viagem.

Insights

  • Em uma viagem, a rodovia é a sua casa.
  • Você deixa sua casa imunda?

Conceito Estratégico

Ao viajar, a rodovia se torna a sua casa. Mantenha ela limpa.

Mensagem

Não jogue lixo nas rodovias.

Justificativa

Além de sujar as rodovias, você aumenta o risco de acidentes, dificulta o escoamento da água e coloca animais em risco, pois eles são atraídos pelos restos de comida.

Peças

  • Anúncio revista 1 página – padrão 20x26cm, cor. (Revistas: Veja, Isto É, Época, Placar, Playboy, Quatro Rodas)
  • Mídia Exterior – painéis para as rodovias de maior movimento no país (podem ser sequenciais ou únicos). Serão utilizadas as seguintes rodovias:
    • BR-116 Régis Bittencourt, (Fortaleza-CE até Jaguarão-RS);
    • BR-381, Fernão Dias (São Mateus-ES até São Paulo-SP);
    • BR-101, Translitorânea (Touros-RN até São José do Norte-RS);
    • BR-153, Transbrasiliana (Marabá-PA até Aceguá-RS);
    • BR-163, Cuiabá-Santarém (Santarém-PA até Tenente Portela-RS);
    • BR-040, Rodovia Washington Luís (Brasília-DF até Rio de Janeiro-RJ);
    • BR-364 (Rodrigues Alves-AC até Limeira-SP);
  • Sacolinha de lixo para carro
  • Panfleto informativo – 4/0 – formato livre (pode ter faca especial)

Mandatórios

Devem assinar o material:

  • Polícia Rodoviária Federal;
  • DNIT – Ministério dos Transportes;
  • Ministério do Meio Ambiente;
  • Governo Federal.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Desabafo - Existe alguma maneira de não ser enganado pelo empregador?

Será que existe alguma maneira de não ser enganado(a)?

Andei me perguntando isso no caminho de volta para casa hoje, depois de uma audiência de conciliação.

Eu sou publicitária, formada, atuando como diretora de arte desde janeiro de 2008. De acordo com a convenção de 2008/2009 ocupo função técnica sendo diretora de arte. Trabalho honestamente, cumpro minhas obrigações e vou além delas sempre que necessário.

No meu último emprego ofereceram-me para trabalhar R$600,00. Eu falei não, claro. E no desespero da empresa, ela concordou me pagar R$1000,00. Se ao menos isso fosse verdade. Mas não era. Fizeram um jogo sujo comigo. E eu, muito inocente, assinei papéis discriminando que dos mil reais que eu recebia, R$670,00 era meu salário e o resto benefícios. MENTIRA.

Aí eu penso: foi ingenuidade da minha parte? Sim, com certeza. Fui burra, otária se assim puder julgar. Mas o que eu poderia ter feito? Não assinado o papel e ter sido demitida no primeiro mês? Ter reclamado e perder o emprego? Eu precisava daquele emprego, precisava do dinheiro. Não estava satisfeita nem com R$1000,00, mas eu precisava pagar minhas contas.

Assinei o papel. Esse foi meu erro. Papel esse que nem cópia eu tive. E depois da audiência, com o acordo feito, me emputeço (desculpa o termo) com minha inocência e o descaramento dos outros.

SERÁ QUE AINDA EXISTE PESSOAS HONESTAS NESSE MUNDO? OU MELHOR, EMPRESAS HONESTAS?

E O QUE EU POSSO FAZER AGORA?

Acho que nada. Mas posso evitar que aconteça de novo. Fico me perguntando como farei para entrar numa empresa se agora só aceito trabalhar com a carteira devidamente assinada, mesmo em contrato de experiência. Como eu obrigo o empregador a fazer isso no meu primeiro dia na empresa? Eles vão voltar atrás e não me contratar, claro. E como eu obrigo a me pagarem até o 5º dia útil do mês como diz a convenção? E como eu peço aumento? E como eu digo que não vou trabalhar além das atribuições do meu cargo? Como eu arrumo emprego assim? Existe?

Eu queria é brigar mais. Mas do que adiantaria? Mais dor de cabeça? Processar a empresa por não ter pago pelo menos R$827,57 do meu cargo? E como provar que esse era o meu cargo se eu não tinha nenhuma documentação de contrato? Minha palavra contra a deles. E sabemos que nesse país quem ganha são os mentirosos.

Só me resta um ódio imenso. Não pela profissão, mas pela injustiça, pela mentira e falta de ética.
Pela empresa que contrata funcionários com menor salário possível - quando não com o salário ilegal - mente e ainda por cima tem você nas mãos já que o mercado é uma guerra e qualquer vaguinha é ótima, né?

Eu exijo meus direitos. Eu exijo ética. Ética: é o que a publicidade precisa. Não só na relação chefe/funcionário como na relação peça criada/público-alvo.

E eu sei que meu desabafo é desnecessário, é inútil. O que vai mudar? Quem eu vou atingir? Que chefe por aí vai se arrepender e pagar devidamente o ex-funcionário injustiçado e prejudicado? Ninguém.

O que a gente pode fazer para legalizar essa profissão?

Por fim, iniciantes, LEIAM A CONVENÇÃO. SAIBAM DOS SEUS DIREITOS. Senão vão ficar que nem eu, numa enrascada, ganhando mal, trabalhando no pior lugar do mundo, com as piores condições de trabalho, atuando além do meu cargo... e para que? Para ter uma vaga no mercado. Será que vai ser sempre assim?

E agora, que eu li a Convenção inteira: a empresa faltou com umas 20 cláusulas/parágrafos (algumas que podem ser facilmente provadas). E agora? Existe algo que possa fazer?

MENTIROSOS. FALSÁRIOS.

quarta-feira, 4 de março de 2009

HELP!

Bom. Obrigada pelo comentário de vocês. De forma alguma acho que vocês estão insultando meu trabalho, muito menos minha criatividade. Por isso agradeço as opiniões.

Tenho que ser sincera. Não sei bem por onde começar. Leio seus comentários e não sei bem o que fazer. Tinham razão quando falou que parece primeira idéia e é verdade, era a primeira idéia. E eu já sabia disso que as primeiras idéias podem ser muito melhor trabalhadas. Acho que foi uma recaída. Mas e agora? O que faço? Não nessa peça, mas para melhorar por completo. Sou muito observadora, sempre. Analiso muito as peças que vejo por aí. Mas parece que não estou no caminho certo. Talvez eu esteja avaliando o que já é ruim. E não peça boa. O que faço? Algum curso? Se eu ler algum livro específico eu melhoro? Algum site, alguma dica especial? Não sei por onde começar. Mesmo.

E meu portfólio, vocês já viram? Posso jogar fora? Queria estar com portfólio pronto e impresso até o dia 18 deste mês. O que eu faço?

Help me.

terça-feira, 3 de março de 2009

Empresa Contato - Briefing no site Zooppa

E essa?

Até o momento eu desisti daquela outra peça. Quero ver se consigo desenvolver melhor o pensamento para retrabalhá-la, provavelmente de outra forma. Lógico, posso fazer isso porque não tenho um deadline para isso.

Mas eu fiz essa para o site Zooppa. Empresa CONTATO. De novo, a opinião de vocês seria muito bem vinda.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Ajuda para melhorar meu portfólio

Estou aqui postando uma "refação" que fiz para mim mesma. O objetivo é melhorar um pouco as artes do meu portfólio, excluindo todo aquele excesso de informação que fui obrigada a colocar no papel.

Esse é meu primeiro job refeito. Gostaria de saber a opinião de vocês quanto a ele e o que eu posso mudar para melhorá-lo.



texto por Evelinne Portilho.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Site Zoopa - Válido ou não?

Não sei se vocês conhecem, já ouviram falar, ou se já são até assinantes do site, mas hoje descobri o site Zooppa. O Zooppa é "um espaço para a publicidade realizada através de conteúdos gerados pelos usuários", como eles mesmos descrevem. Empresas que apostam na criatividade de pessoas desconhecidas e no poder da propaganda viral lançam competições, onde as pessoas do mundo inteiro mandam propagandas (seja vídeos, impressos, web, criação de marca, etc.) para o site e podem ser premiadas. Os prêmio são em dinheiro, valores diferentes para competições diferentes.

A princípio sei que eles trabalham com os Estados Unidos, Itália e Brasil. Não sei se brasileiros podem participar das competições estrangeiras, mas essa não é a maior questão.

O site Zooppa trabalha em parceria com empresas cadastradas e serve de intermédio legal para utilização das propagandas enviadas para o site e usadas pela empresa. É verdade que as propagandas postadas no site Zooppa por qualquer usuário passam a ser de direito do site, não reservando nenhum direito do criador sobre eventuais alterações, distribuição, publicação ou qualquer outra forma de utilização do conteúdo (conteúdo sendo qualquer peça publicitária enviada para o site). Lá eles falam de uma possível negociação financeira entre empresa e usuário, sempre intermediada pelo próprio Zooppa.

O site também se coloca como uma forma alternativa de fazer publicidade, saindo do meio agência e cliente. Procuram inovar a comunicação, buscar a criatividade aonde ainda não foi explorado.

Até então é um serviço gratuito que, de certa forma, pode ser remunerado para os usuários, mas até que ponto o Zooppa é valido ou não para a carreira publicitária de qualquer pessoa? Convenhamos que abrir mão dos direitos criativos de nossa própria criação não é mil maravilhas e por muitos, com certeza, será abominante aceitar tal fato. Mas é válido lembrar também que, talvez, as propagandas que você faz para o site pode abrir muitas portas profissionais e possibilitar a criação de coisas que normalmente, na sua pequena agência(zinha), você não teria a chance. Será que é válido? Será que é válido delegar seus direitos criativos à outra empresa só para alguns "dinheiros" a mais na sua continha? Ou mesmo pelo amor da criação e o gostinho de ver sua propaganda ganhando pontos por aí de uma possível concorrência?

Talvez esse último ponto seja parte da minha opinião pessoal. Nem sempre pensamos em dinheiro quando estamos criando (ou quase nunca no meu caso). Mas uma coisa é mais certa ainda: a idéia do site é genial. Não importa se é genial para o mau ou para o bem. É uma idéia fantástica e lucrativa. E se vingar de verdade, nem consigo imaginar em quantos milhões de dólares essa agência virtual Zooppa ganhará estará nadando daqui a alguns anos.



O endereço do site para quem quiser ver com seus próprios olhos é: http://www.zooppa.com/

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Briefing ASTROb

Desculpem a demora pelo novo Briefing. Nem sempre dá tempo de cumprir os devidos prazos do blog, mas tentarei o máximo possível da próxima vez.

O Briefing de hoje é um tanto quanto divertido. Algo que não existe. Ou talvez exista e eu ainda não tomei conhecimento disso.

Apesar de usar o briefing aqui postado como base, tive que ignorar algumas várias questões, pois o objetivo aqui é criar peças únicas para serem postadas e comentadas.
No entanto, caso algum interessado na área de planejamento quiser fazer uma campanha para postar aqui, com ou sem peças criadas, seria muito bem vinda e comentada. Por isso, deixarei no final deste post um link de um arquivo com o briefing mais bem “disposto”.

Agora o BRIEFING:

Nome da empresa: ASTROb (Associação Brasileira de Astronomia).

Ela existe há certo tempo, mas nunca foi devidamente divulgada. Com as novas notícias sobre a área a associação quer divulgar a empresa a fim de adquirir reconhecimento e maior financiamento do governo brasileiro.

A maioria dos profissionais que trabalham na ASTROb acabam indo para o exterior para trabalhar com projetos maiores e ganhar mais. Infelizmente, por mais que o Brasil forme grandes profissionais, a área não oferece muito futuro financeiro ou reconhecimento qualquer. Os brasileiros no exterior são muito bem remunerados e conhecidos no mercado.

A empresa precisa de uma marca, primeiramente. Depois fará um anúncio de meia página de jornal: tamanho 30x26cm (aproximadamente, pois não tenho as medidas exatas). Não sei em quais jornais deve ser divulgado. Deixo isso para alguém descobrir quando fizer um planejamento de campanha em cima desse briefing.

O público-alvo são pessoas interessadas na área, estudantes que querem se formar astrônomos e o governo brasileiro.

O anúncio é estritamente institucional.

As únicas informações para o anúncio são: o site www.astrob.com (ele terá sido reestruturado e atualizado até lá) e o telefone: (11) 0000-0000 (pode inventar qualquer um se quiser).


Se quiserem mais informações, o link abaixo possui um briefing mais completo em .doc.

http://www.4shared.com/file/86932588/eba08fb8/Briefing_ASTROb.html

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Sobre o modelo de Briefing. Amanhã novo Briefing!

Depois desse super briefing e posso até concordar com alguns que é muito grande e muitas vezes inviável. Mas temos que lembrar uma coisa: ele é um modelo. Ele não se aplica a todos os clientes. Nem todas as perguntas serão respondidas. Talvez quase nenhuma será respondida. Mas é uma grande e importante base para lembrar de buscar informações que, normalmente, nem lembraríamos. E talvez escrever essas informações não nesse formato de "questionário", mas em texto corrido, como uma história criativa para ajudar os criativos, por exemplo.

Amanhã postarei um novo briefing. Bem divertido, baseado nesse modelo. Mesmo que eu esteja inventando um cliente, mesmo que eu não vá responder nem metade desse "questionário", ele me fez pensar em questões que, de fato - e como diretora de arte eu posso falar - ajudam a criação.

Aguardem e visitem! Participem do blog. Ajudem, critiquem. E, claro, aprendam. Mesmo que não gostem de um certo texto, de um certo briefing, de um certo livro, existem coisas a serem aprendidas. Mesmo que eu realmente seja contra muitas idéias do livro "Administração de Marketing" de Kotler (que estava lendo esses dias), ele ensina, ele dá outro ponto de vista. E isso é mais do que importante para o crescimento pessoal, profissional e acadêmico de qualquer pessoa.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Faça um briefing bem feito

Bom, depois do meu último briefing, recebi algumas críticas. E quero dizer que foi muito revelador.

De fato, em minha pouca experiência em agência, lembro de ter lido uns 2 ou 3 briefings. Sad, but true. As pessoas parecem que têm preguiça em fazer um briefing e muitos têm preguiça de ler também (para não jogar a culpa toda para o atendimento). No meu primeiro emprego em agência eu ajudei minha colega de atendimento a criar um briefing básico para poder repassar para clientes por e-mail. Não é de fato a melhor idéia de adquirir informações, mas muita vezes era o que tínhamos. Não vi um cliente respondendo, mas acho que alguns fizeram (depois de 3 semanas ou mais).

Depois disso, podemos dizer que eu tenho pouca ou quase nenhuma experiência com briefing. Mas um colega do Como é que tá lá, Márcio Mascarenhas resolveu me ajudar e me passou esse briefing básico, que agora divulgo para vocês. Lembrando: nem todas as perguntas são aplicadas a todos os clientes. E o atendimento tem que saber quais são as mais indicadas, básicas, essenciais, enfim. Avaliem do melhor jeito e tirem o melhor que puderem disso.

Esse briefing não é só para atendimentos. Repito: não é só para atendimentos. Leiam, aprendam sobre todas as áreas. Julgo que para uma equipe trabalhar bem, temos que entender todas as áreas da agência, para ninguém sobrecarregar ninguém e para ninguém ficar culpando um ao outro: "a culpa é da criação", "a culpa é do atendimento". Mas para não acabar com minha reputação de diretora de arte, deixa eu colocar a culpa no atendimento só por diversão (e só porque até agora não conheci nenhum atendimento dos sonhos).

O briefing (de Márcio Mascarenhas):

1. Nome da empresa (ex.: Domino's Pizza)
2. Categoria (ex.: Pizzaria Delivery com franquias)
3. Localização (ex.: Lojas de rua e em Shoppings)
4. Existem vários modelos de loja ou existe um padrão?
5. Formas de uso/consumo do produto, por escala de consumo
6. Preços aos canais de distribuição e ao consumidor
7. Composição industrial/matérias-primas (resistência à corrosão e/ou tempo de vida útil do produto)
8. Qual a imagem do produto/serviço no mercado onde já foi instalado?
9. Quais as principais características diferenciadoras, são apenas de economia?
10. Quais os principais pontos positivos deste produto/serviço?
11. Quais os principais pontos negativos deste produto/serviço?
12. Outras influências:
a) ambientais
b) culturais
c) geográficas

Mercado


1. Qual o tamanho do mercado (volume e R$)?
2. Há compra de informações com informante de confiança para que não haja desperdício de esforços?
3. Quais os principais mercados:
a) áreas
b) regiões
c) estados
3. Existem documentos oficiais além dos anexos?
4. Qual a evolução deste mercado?
5. Existe sazonalidade?

Consumidor


1. Defina quem consome/usa o produto:
a) por sexo
b) por classe social
2. Defina hábitos e atitudes dos consumidores em relação ao produto
3. Descreva influências:
a) ambientais
b) culturais
4. Quem compra o produto? Onde compra? Quem decide a compra do produto (masc/fem/adolescente/criança)?
5. Normalmente, como é feita a compra do produto?

Distribuição


1. Quais os canais utilizados?
2. Quantos são?
3. Qual a porcentagem de participação do canal?
4. O que pode ser feito no sentido de que esta distribuição possa ser melhorada?
5. Novos pontos de venda
6. Outros canais
7. Existem restrições?
a) legais
b) éticas
c) politicas
8. Como melhorar e acelerar a venda?
9. Existe manutenção confiável?
10. Quem fornece a manutenção?
11. Como ela é cobrada?
12. E de quem?
13. Existe garantia mesmo que o produto sendo instalado eventualmente de graça?

Preços

1. Quais os preços do produto/serviço e sua relação com ele (baixos, normais, altos, muito altos)?
2. Existem restrições legais para se estabelecer o preço?
3. Se não existem restrições legais, comente a política de preços, para este produto/serviço, critérios utilizados, etc.
4. Qual é a reação do consumidor em relação ao preço deste produto/serviço?

Razões de compra ou instalação do produto/serviço

1. As razões de compra são racionais ou emocionais?
2. Por que o consumidor compra/usa?
3. Quais os benefícios que o consumidor espera deste produto?

Pesquisas


1. Que tipo de pesquisas são/foram realizadas para esse produto/serviço?
2. Dê os principais resultados, mas somente se as informações solicitadas já não tenham sido fornecidas em outro capítulo, ou se a pesquisa estiver sendo anexada a este formulário.

Objetivos de mercado

1. Defina os objetivos de mercado para esse produto/serviço
2. As vendas para se tornarem atrativas ao negócio devem partir de qual patamar mensal de faturamento ( .......%)?
3. Devemos colaborar para que o mercado total aumente nos primeiros 6 meses em ........%?

Objetivos de comunicação

1. Defina os objetivos de comunicação para este produto/serviço:
a) ................... (quantas, que, quais...) pessoas devem passar a conhecer o nosso produto/serviço?
b) ................... (quantas, que, quais...) pessoas devem passar a conhecer o benefício tal de nosso produto/serviço?
c) .................% do mercado deve ser levado a uma atitude favorável de compra ou instalação?

2 Devemos elevar (ou reduzir) o status de nosso produto?

Conteúdo básico da comunicação


1. Qual o conteúdo básico que as peças devem transmitir?
2. Quais os pontos positivos do produto que devem ser ressaltados como benefícios secundários?
3. Quais os pontos negativos que devem ser evitados?

Mídia


1. Quais os meios recomendados? (nivelar por cima ou por baixo?)
2. Qual a verba de veiculação?
3. Qual a verba de produção de mídia?
4. Quais os períodos para veiculação?
6. Quais as praças que devem ter mídia?
7. Qual seria a verba para lobby?
8. Qual a verba para assessoria de imprensa?

Promoção e Merchandising

1. Quais as peças que devem ser desenvolvidas, respectivas quantidades e tamanhos?
2. Qual a verba destinada para estas duas atividades?

E-Commerce

1. Esse produto ou serviço usa esse sistema de vendas?
2. A empresa tem homepage hospedada em algum servidor?
3. Se positivo, qual?
4. Qual a participação do e-commerce no total das vendas nos últimos 6 meses se é que foi utilizado esse meio?



E mais uma coisa que eu gostaria de dizer: leiam o cliente. Vocês, atendimentos, leiam livros sobre linguagem corporal, aprendam sobre o processo criativo. Mesmo qualquer idéia boba do cliente pode servir para criação se bem utilizada. E cabe a vocês saberem o que é isso. Essas brincadeiras que o clientes faz, conversas jogadas fora, tudo isso dá pra traduzir em coisas que o cliente é e gosta. E isso ajuda a criação também. Experiência própria. Seria ótimo para a criação ir junto ao cliente e anotar o que ele tem que anotar e vocês, atendimentos, anotarem o que vocês precisam anotar. Mas a verdade é que não podemos ir, então cabe a vocês se distinguirem desses milhões de atendimentos por aí e fazer algo que realmente se destaque, não só para a agência, como para o cliente. Tenha vontade de ser melhor, sempre (para todos).

sábado, 31 de janeiro de 2009

Briefing Pendrive Kingston - Arte por Mário Júnior

Nosso colega Mário Júnior fez essa peça para nós. O que vocês acham?


Meu comentário: Mário, eu acho que o título ficou estranho por você usar o advérbio "mas". Uma frase não é contrária à outra, então talvez seja melhor usar um "É que agora...", por exemplo. Bom, eu gostei da arte. Só tenho alguns toques. A mão não parece estar segurando tanto o papel. Talvez se você diminuir a sombra, dará noção de estar mais perto do objeto. E eu percebi no seu portfólio que você trabalha bastante detalhes, mas eis uma dica que me passaram: até os detalhes tem que ter alguma coisa a ver com a peça. Tome sempre cuidado para não exagerar nos enfeites e fazer com que a arte perca o foco. E, por fim, você esqueceu de mudar o número lá no pendrive de 16gb para 24gb.

Algum redator, por favor, nos dê uma dica e/ou crítica para o texto? O texto pequeno também.

Não esqueçam de visitar o portfólio do Mário: http://mariogogh.co.cc/index.html

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Briefing KINGSTON

De início, não tenho nada relacionado com a Kingston. Só estou "usando" um pouco eles para ajudar o pessoal que está começando.

A idéia desde o início era passar briefing para a galera fazer e, se quiser, eu posto aqui depois para as pessoas darem suas críticas construtivas. Eu espero que esse blog funcione, senão eu juro que dou as críticas construtivas eu mesmo, com meu pouco grau de experiência.

Vamos lá:

O cliente: Kingston

O produto: PenDrive Kingston da família Data Traveler 100 para consumidores. 24 gb (não existe esse produto, estou inventando).

Público alvo: Este modelo é focado para uso em escritórios domésticos, pequenos negócios e estudantes.

Objetivo: Divulgar o novo produto no mercado. Os diferenciais é o fato de ele ter 24gb e que o conector USB é movel e alojado dentro de sua carcaça lisa, com segurança. (como outros de 16gb, 8gb e 4gb da marca).

Mídia: Uma página de revista. Página da direita. Revistas: Veja, Época, Pequenas empresas Grandes negócios, Computer Arts Brasil, Super Interessante, Quatro Rodas, Playboy, VIP, TRIP e TPM. É uma grande variedade, mas o anúncio é o mesmo. O tamanho é 20x26,5cm. (Não está completamente certo, mas serve para portfólio. Cada revista normalmente tem seu tamanho próprio. Mais façamos um só tamanho para facilitar).

Informações necessárias: Colocar que o pendrive é para entrada USB 2.0 (como normal) e o produto tem 5 anos de garantia. Não precisa colocar essas informações muito grandes, mas é necessário ter na peça. Precisa colocar a marca do cliente e o site: www.kingston.com.

O cliente é muito conhecido no mercado. Lembrem-se disso na hora de fazer a peça.

Baixem as imagens e a logomarca no link: https://www.yousendit.com/download/WnBSSmIvYWJHa09Ga1E9PQ. Se demorar muito, procurem no site da kingston e no Brandsoftheworld.com.

Boa sorte e vamos lá!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Apresentação

Olá todos! Meu nome é Liana Guterman, sou publicitária e diretora de arte. Estou a pouco tempo na área, mas já consegui aprender várias coisas. E não estou falando de programas ou técnicas e, sim, do dia-a-dia das agências com atendimentos, mídias, redatores, clientes, chefes, hora do café, pausa para um cigarrinho e outras coisas que você pode imaginar que exista e/ou aconteça. É essa pouca experiência que quero compartilhar com vocês e igualmente aprender de vocês.

O blog terá briefings variados, peças minhas e de quem quiser para críticas construtivas; teremos notícias, novidades; teremos também resmungos e desabafos sobre clientes, chefes e colegas de trabalho; enfim, o blog respirará publicidade real.

Eu também quero aqui poder ajudar os outros a partir da minha breve experiência. Tenho certeza que os iniciantes irão adorar esse blog. É sério. Eu queria que houvesse algo assim quando eu comecei...